quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fontes de energia renovável: energia das ondas


Utilizar a energia das ondas implica em recolher o imenso poder das ondas oceânicas que produzem uma grande quantidade de energia e apenas uma pequena parte dela poderia ser utilizada para fornecer uma parcela da eletricidade que o mundo consome a cada dia. Ainda que variem as estimativas quanto ao montante com que as ondas poderiam contribuir para o consumo mundial de energia, há quem diga que poderia atingir os 10%. Teoricamente, porém, isso não chega nem perto da quantidade de energia que as ondas do oceano poderiam prover. Apenas 0,2% bastaria para abastecer todo o planeta . Com base nisso, é surpreendente que as pessoas não estejam prestando mais atenção nisso e investindo no desenvolvimento da energia das ondas. 
A parte difícil é descobrir como transformá-la em energia utilizável. A ideia de se aproveitar a energia das ondas oceânicas já vem sendo debatida há cerca de 200 anos. Mas foi apenas com a crise do petróleo nos anos 70 que ela conquistou atenção mais significativa. O conceito ressurge sempre que os preços do petróleo aumentam.
Até agora, os engenheiros desenvolveram e implementaram diversos métodos para recolher a energia das ondas, aqui temos três deles:
Terminadores - aparelhos que capturam a energia das ondas em posição perpendicular ao seu movimento são conhecidos como terminadores. Eles incluem um componente estacionário e um componente que se move em resposta à onda. A parte "estacionária" pode estar fixa em terra ou no piso do mar. Precisa se manter imóvel, em contraste com a porção móvel. Funciona quase como o pistão nos carros - move-se para cima e para baixo, e esse movimento pressuriza ar ou óleo que acionam uma turbina.
Coluna Oscilatória de Água (COA) - As COAs têm duas aberturas: uma no fundo, que permite que a água entre na coluna, e uma estreita, no topo, que permite que o ar entre e saia. Quando as ondas enchem a coluna de água, isso pressuriza o ar no interior e o força a passar pela abertura superior. O ar encontra a turbina e a movimenta. Depois, quando as ondas recuam, a água corre para fora, e isso suga o ar de volta pelo topo, acionando a turbina de novo.
Absorvedor pontual - esses aparelhos não ficam posicionados de forma específica em relação ao movimento das ondas, mas, em vez disso, podem "absorver" a energia das ondas que venham de qualquer direção. Um desses aparelhos é o “Aquabuoy”, desenvolvido pela Finavera. Em um tubo vertical sob a água, as ondas passam e acionam um pistão, um disco flutuante conectado a bombas e mangueiras. O movimento pressuriza a água no interior do tubo e movimenta uma turbina conectada a um gerador elétrico. Muitos Aquabuoys podem enviar eletricidade a um ponto central. Desse ponto, a eletricidade é transmitida ao piso do mar e  de lá à terra por um cabo.
Ainda que ondas sejam de certa maneira mais confiáveis que o vento, não podemos depender sempre delas, o que significa que precisaremos de métodos eficazes de armazenagem de energia. Por outro lado, ocasionalmente as ondas e o clima são severos demais para que os aparelhos resistam. Assim, precisamos não só de projetos mais eficientes, mas também torná-los incrivelmente duráveis, o que pode elevar os custos. E é preciso que esses aparelhos tenham preço baixo o suficiente para que seja compensador desenvolvê-los e utilizá-los. Caso a energia das ondas não se torne tão barata quanto os combustíveis fósseis (ainda o preço destes aumente) ou a energia nuclear, será difícil para ela ganhar posição competitiva na batalha da energia. 

Grupo 1

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