Utilizar a energia
das ondas implica em recolher o imenso poder das ondas oceânicas que produzem
uma grande quantidade de energia e apenas uma pequena parte dela poderia ser
utilizada para fornecer uma parcela da eletricidade que o mundo consome a cada
dia. Ainda que variem as estimativas quanto ao montante com que as ondas
poderiam contribuir para o consumo mundial de energia, há quem diga que poderia
atingir os 10%. Teoricamente, porém, isso não chega nem perto da quantidade de
energia que as ondas do oceano poderiam prover. Apenas 0,2% bastaria para
abastecer todo o planeta . Com base nisso, é surpreendente que as pessoas não
estejam prestando mais atenção nisso e investindo no desenvolvimento da energia
das ondas.
A parte difícil
é descobrir como transformá-la em energia utilizável. A ideia de se aproveitar
a energia das ondas oceânicas já vem sendo debatida há cerca de 200 anos. Mas
foi apenas com a crise do petróleo nos anos 70 que ela conquistou atenção mais
significativa. O conceito ressurge sempre que os preços do petróleo aumentam.
Até agora, os
engenheiros desenvolveram e implementaram diversos métodos para recolher a
energia das ondas, aqui temos três deles:
Terminadores - aparelhos que capturam a energia das
ondas em posição perpendicular ao seu movimento são conhecidos como terminadores.
Eles incluem um componente estacionário e um componente que se move em resposta
à onda. A parte "estacionária" pode estar fixa em terra ou no piso do
mar. Precisa se manter imóvel, em contraste com a porção móvel. Funciona quase
como o pistão nos carros - move-se para cima e para baixo, e esse movimento
pressuriza ar ou óleo que acionam uma turbina.
Coluna
Oscilatória de Água (COA)
- As COAs têm duas aberturas: uma no fundo, que permite que a água entre na coluna, e
uma estreita, no topo, que permite que o ar entre e saia. Quando as ondas
enchem a coluna de água, isso pressuriza o ar no interior e o força a passar
pela abertura superior. O ar encontra a turbina e a movimenta. Depois, quando
as ondas recuam, a água corre para fora, e isso suga o ar de volta pelo topo,
acionando a turbina de novo.
Absorvedor
pontual - esses aparelhos
não ficam posicionados de forma específica em relação ao movimento das ondas,
mas, em vez disso, podem "absorver" a energia das ondas que venham de
qualquer direção. Um desses aparelhos é o “Aquabuoy”, desenvolvido pela Finavera. Em um
tubo vertical sob a água, as ondas passam e acionam um pistão, um disco
flutuante conectado a bombas e mangueiras. O movimento pressuriza a água no
interior do tubo e movimenta uma turbina conectada a um gerador elétrico. Muitos
Aquabuoys podem enviar eletricidade a um ponto central. Desse ponto, a
eletricidade é transmitida ao piso do mar e de lá à terra por um cabo.
Ainda que ondas sejam de certa maneira mais confiáveis que o vento, não
podemos depender sempre delas, o que significa que precisaremos de
métodos eficazes de armazenagem de energia. Por outro lado,
ocasionalmente as ondas e o clima são severos demais para que os
aparelhos resistam. Assim, precisamos não só de projetos mais eficientes,
mas também torná-los incrivelmente duráveis, o que pode elevar os
custos. E é preciso que esses aparelhos tenham preço baixo o suficiente
para que seja compensador desenvolvê-los e utilizá-los. Caso a energia
das ondas não se torne tão barata quanto os combustíveis fósseis (ainda o
preço destes aumente) ou a energia nuclear, será difícil para ela ganhar posição competitiva na batalha da energia.
Grupo 1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua contribuição no blog dos alunos da EE prof. Cid de Oliveira Leite