segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sacolinhas na berlinda


Aproximadamente 12 bilhões de sacolas plásticas são distribuídas todo ano no Brasil segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). No mundo, a cifra pode se aproximar de 1 trilhão. Apesar das feições inocentes, são saquinhos que até podem ser reutilizados para fins como a acomodação de lixo doméstico, mas que, depois, se transformam em um dos materiais mais poluentes de rios e mananciais.
Tidas por muitas organizações como grandes vilãs do meio ambiente e estandartes da cultura de consumo irresponsável, elas já foram alvo de uma campanha do governo federal, lançado em 2009, que evitou o consumo de 5 bilhões de unidades. Para desestimular o uso, em países como a China e a Irlanda é preciso pagar pela sacola.
E, na esteira de lugares como a Itália, diversas cidades brasileiras já criaram leis proibindo o uso de sacolas. É o caso de Belo Horizonte, primeira capital a adotar a medida, em abril deste ano, e da capital paulista, onde elas estarão banidas a partir de de 1º de janeiro do ano que vem. Estados como Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo também adotaram leis restritivas.
Consideradas polêmicas, as medidas dividem não só a opinião de consumidores como também de ambientalistas e setores da indústria. Para o vereador Gilberto Natalini, que assinou o texto da lei em São Paulo, a legislação, apesar de poder ser considerada impositiva, torna-se válida porque a fabricação e distribuição são feitas de maneira “incontrolável”. “É muito difícil fazer a educação de reuso de um objeto que é produzido de uma forma banalizada, absurda”. Já Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental do Plástico), é contra as proibições, argumentando que a questão é complexa e envolve fatores como a má qualidade dos produtos, o consumo irresponsável e as deficiências na coleta seletiva. “A solução é a redução do desperdício associada à forma de coleta de resíduos”, afirma.

1°A   G5

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